domingo, 1 de maio de 2011

Capítulo 1 livro 1 jogo 1 - Livro de Oséias - As Profecias Menores


Crônica: O LIVRO DE OSÉAS - A PROFECIA MENOR



A noite traz horrores escondidos dentro dela, horrores que muitas vezes não percebemos.

Alguns de nós porque se escondem dentro de suas prisões domiciliares e não conseguem respirar o ar da noite que vai aos poucos inebriando os pulmões, outros ainda porque estão embriagados demais pra conseguirem ver o que está bem debaixo de seus olhos.

Mas há alguns poucos, que são lúcidos e conscientes...

                           ...esses são aqueles que sabem.

E por mais que quisessem, não conseguem esquecer (nem serem esquecidos) que durante a noite, as trevas vêm corromper as almas e devorar o sangue.


by Diego Claudino 02/03/2011 

 
Capitulo 1


** BRUNO ARCHIBALD **
 

As revelações na família de Bruno Archibald haviam sido impressionantes e o legado que fora deixado não era algo do qual se pudesse esquivar. A sua mente, o seu corpo, você os devotaria a essa causa, senão santa, ao menos sagrada pra você. Foi com essa intenção e com esse espírito que você se dirigia para reunião que sua família havia lhe convidado ali descobriria a verdade e desvendaria os segredos já passados outras vezes de geração à geração.

Acabara de chegar à reunião pra qual fora convidado e não sabia bem como se comportar afinal era a sua família, mas como eles haviam lhe escondido um segredo tão grande não sabia se tinha que ser formal ou não, educado ou brincalhão. A brincadeira talvez não fosse a melhor maneira de lidar com assuntos graves como esse. Você sabia, mas queria descobrir o que fazer e como agir.

Entra na sala da reunião e fica tímido, como de costume. A brincadeira não lhe parece a melhor saída já que os presentes estão com cara de poucos amigos e o assunto a ser tratado é serio. Por educação cumprimenta a todos reunidos e senta-se numa cadeira que estava mais ao canto da sala, tentando não se tornar o centro das atenções.

Percebe que em determinado momento todos vão pra uma sala. São um total de 12 pessoas. Ele os segue. Chegando a sala todos se sentam e uma pessoa que não é da família de Bruno, fala em um tom grave.

- Não sei o que faremos agora com a morte de Bartolomeu não teremos ninguém que possa ir em seu lugar... - ele é interrompido pelo pai de Bruno que diz:

- Eu venho apresentar meu filho diante do conselho - todos olham pra Bruno e o senhor que antes falara diz:

- Você está disposto a se sacrificar pelo conselho rapaz? Sabe o que fazemos aqui?

No primeiro momento Bruno fica sem saber o que fazer e dá uma olhada de canto para seu pai, que faz um gesto quase imperceptível para os demais com a cabeça. Então bruno abre um sorriso com o canto da boca e se pronuncia: - S... sim.

O desconhecido olha para todos e fala: - Então está decidido ele fará a viagem no lugar do Bartolomeu em sacrifício por nós.

Bruno vê que seu pai o olha com terror, mas ao mesmo tempo com admiração. Não entende bem do que eles estão falando, contudo sabe que com certeza é algo importante e arriscado que tem de ser feito.

- As passagens estão compradas, partirá amanhã bem cedo, arrume suas malas rapaz!

Bruno não diz nada, mas faz sinal positivo com a cabeça, ainda sorrindo ironicamente satisfeito e grato pela decisão de todos. Na sala todos começam a falar ao mesmo tempo, assim causando um murmuro baixo. Pelo que parecia era o fim da reunião e Bruno espera que os outros começarem a se levantar primeiro para que pudesse fazer o mesmo. Foram saindo um por um pela porta então ele põe a mão nos joelhos e levanta finalmente, saindo junto com seu pai.

A noite era apenas o começo da escuridão e Bruno não percebia a ênfase que havia sido dado à palavra sacrifício naquela noite. A reunião foi desfeita e no outro dia estaria ele partindo rumo ao desconhecido.


** MEGGY **



Meggy estava na estrada na garupa da moto de Fredd os dois iam sem rumo atrás de uma boa caçada. Altas horas da madrugada eles sequer se lembravam, se ainda estavam no Texas ou se já haviam chegado ao México, viajavam por alguma rota clandestina. Desde que o conhecera era como se cada dia fosse uma nova injeção de adrenalina em seus nervos, uma sensação que Meggy adorava. Aquilo era bem diferente dos olhares estranho que a chamavam de aberração e que enxergavam anormalidades. Isso sim poderia ser dizer vida, viver em liberdade.

O vento forte que batia nos rostos foi enfraquecendo enquanto Fredd diminuía a velocidade saindo da estrada e encostando a moto no posto de gasolina. Ele se vira para Meggy e diz: - É hora de abastecer...

Meggy desce da moto olhando ao seu redor e fala: - É melhor fazer com que ela fique com o tanque bem cheio. Empurrar toda essa lataria dará um trabalho e tanto. - Ri na tentativa de tornar descontraindo o ambiente.

- Então galã qual são seus planos? - pergunta Meggy encostando as costas e os cotovelos na motocicleta e olhando para Fredd esperando sua resposta. Mais algumas conversas tolas, enfim, palavras não importavam muito, ela gostava mesmo era da ação, apenas isso.

- Na verdade não tenho muitos planos, nunca tive muito tempo para planos, pelo menos não até agora. Mas minha meta pra agora é abastecer esse tanque e daqui a uns trinta minutos estar chegando à casa de um amigo meu. Ele me disse que estava precisando da minha ajuda com alguma coisa. Meggy percebe que sua voz tem um tom de quem esconde algo de grave e preocupante.

- Hummm... Interessante, mas você vai esperar para que eu descubra na hora? Vai realmente me fazer surpresa? A última surpresa que tive me fez sangrar por três dias e não foi nem um pouco divertido.

- Vamos - Meggy chama e o olha nos olhos com um sorriso no rosto - Não tente esconder as coisas de mim. Então seja franco, o que está havendo?

- Na verdade ele não me contou, esse é o problema, eu não gosto de dar tiro no escuro, mas é que quando falou comigo ele disse que não poderia me dizer por telefone. Assim ou é algo muito grave, ou pode ser uma cilada. Em ambos os casos temos sérios motivos pra estarmos preocupados. dizia olhando no rosto de Meggy expressando com seu olhar um sentimento de proteção que a nutre.

- Entendido capitão. Teremos cuidado como sempre. - Sorri e dá um beijo no rosto de Fredd. - Vou buscar algo para bebermos. deixa-o abastecendo a moto e vai em direção à loja de conveniência.

Fred permanece na bomba de gasolina enquanto Meggy entra na loja que fica no posto de gasolina. Ela tem no bolso de seu jeans dez dólares que Fredd havia lhe emprestado. Vai até a geladeira, confiando em suas habilidades ladinas, pega duas cervejas furtivamente e coloca dentro de sua jaqueta, então disfarça como se não tivesse nada ali para ela e tenta sair da mesma maneira que entrou, esperando ter êxito em sua ação. Mas ao sair é abordada pelo dono da loja que lhe pergunta: - Posso lhe ajudar em alguma coisa?

- Pode sim senhor. - diz e se ajeita camuflando mais as garrafas - Eu preciso de chá frio, mas não consegui localizá-los. Possui em estoque?

Ao olhar pra Meggy o homem percebe o quão ela é bonita e, encantado com sua beleza, fala – Não, não temos chá frio, mas acho que posso te oferecer mais que isso se quiser chuchu.

- Ok - responde Meggy - Podemos começar do início... Se me abastecer o tanque da minha moto serei eternamente grataaproxima-se mais do homem sussurrando em seu ouvido - Eu costumo gratificar muito bem as pessoas que gosto - então se afasta novamente saindo e indo até a moto.

O homem se sente atraído pela mulher, mas quando ouve a falar da moto ele olha à diante vê o companheiro dela que já havia abastecido a moto parece que do mesmo modo como começou o encanto por ela se desfaz, instantaneamente. O homem se vira e olha atentamente para a mulher, mas não consegue identificar nela nada de estranho embora seu comportamento tenha sido fora do usual.

Meggy se afasta indo em direção ao Fredd e a moto agindo normalmente com se nada de errado estivesse acontecido. Quando já estava próximo o suficiente da moto, Fredd lhe fala: - Ei Meggy, e aí comprou as bebidas?

Meggy em resposta sussurra no ouvido dele - Sim, mas vamos logo. Alguém pode perceber então sobe na moto, espera que Fredd suba também e ligue o motor e quando ele começa a acelerar ela entrega uma cerveja a ele.

Fredd olha para trás desconfiado encarando a companheira de viagem e diz: - Menina não sei o que você fez, mas seja lá o que for é melhor eu nem saber. e arranca com a moto como um foguete rumo à cidade. Os dois partiram pela estrada e logo estariam na cidade...

** ADRIAN CRUUGUER **


 

Adrian Cruuguer sai em direção ao aeroporto. Chegando lá, após fazer o check-in, senta-se nas cadeiras em frente ao saguão de embarque do aeroporto. Como havia se programado para uma viagem curta não levava muitos utensílios. Lembrando-se do detector de metais do aeroporto e de que não queria levantar suspeitas.


** DERVIUS FOX **



Devius Fox vai em direção ao Aeroporto. Chegando lá, após fazer o check-in, senta-se nas cadeiras em frente ao saguão de embarque do aeroporto. Como havia se programado para uma viagem curta não levava muitos utensílios. Lembrando-se do detector de metais do aeroporto e de que não queria levantar suspeitas. Quase como por um acaso do destino Dervius e Adrian estavam próximos um do outro no saguão de espera no aeroporto de Los Angeles.



** DERVIUS FOX - ADRIAN CRUUGUER **



Ambos já haviam feito os preparativos para a viagem na noite anterior. Suas passagens eram para Durban uma cidade ao sul do continente africano.

O aeroporto possuía dois pares de escadas rolantes que se estendiam do térreo ao terceiro andar. No primeiro andar, poderia notar-se que havia basicamente caixas eletrônicos e algumas lojas. No segundo andar, havia os portões de embarque e desembarque. No terceiro andar, havia lojas, restaurantes, book-stores e cafeterias.

Eles aguardavam no aeroporto para a chamada do voo. Segundo informações o voo de ambos partiria em até cinquenta minutos.

Adrian não se sentia muito bem estava um pouco enjoado, ansioso talvez. Tinha que ir ao banheiro nem que fosse para apenas lavar o rosto. Contudo não desistiria, alcançaria, pois não queria mais esperar que seu destino fosse até ele. Voltou ao saguão, mas impaciente andava de um lado para o outro, cansado de esperar. Queria que o tempo passasse o mais depressa possível. Pensou no objeto cortante que portava, ficou preocupado, contudo tranquilizou-se, afinal ele era um museólogo quem suspeitaria dele? Sentou-se ainda inquieto balançando a perna direita involuntariamente ele observa ao redor na tentativa de se distrair.

Dervius Fox  foi até a cafeteria, queria comer algo, depois de comprar um livro, para passar o tempo enquanto esperava a hora do seu embarque, volta ao saguão. De volta ao assento ele coloca os fones de ouvido e apenas espera a hora de embarcar.



** PADRE MARCUS **
  

Havia alguns meses que Padre Marcus estava em Los Angeles. E já tinha descoberto muitas criaturas da noite, porém não encontrou os verdadeiros demônios que esperava exorcizar em nome de Deus. Assim depois desses longos meses ele recebe uma carta que o solicita imediatamente a outro país, mas dessa vez numa cidade ao sul do continente africano, uma cidade chamada Durban. Imediatamente ele junta seus pertences em uma mala e vai para o aeroporto.

O aeroporto possuía dois pares de escadas rolantes que se estendiam do térreo ao terceiro andar. No primeiro andar, poderia notar-se que havia basicamente caixas eletrônicos e algumas lojas. No segundo andar, havia os portões de embarque e desembarque. No terceiro andar, havia lojas, restaurantes, book-stores e cafeterias.

Padre Marcus aguardava no saguão do aeroporto para a chamada do voo. Segundo informações o voo partiria em até cinquenta minutos.

Embora estivesse ansioso, não tinha com que se preocupar ainda havia tempo. Tempo suficiente para abrandar a sua fome, então vai em direção as escadas rolantes que davam ao terceiro andar, onde ele encontraria algo para comer antes de partir.

- Nossa que fome – disse ele, segurando a mala com uma das mãos e passando a outra sobre a barriga.

Subindo pelas escadas rolantes ele examina as pessoas do outro lado que ia descendo, vendo também várias lojas que se espalhavam pelo terceiro andar e concluiu que aquele era um aeroporto muito movimentado. As lojas incluem desde lanchonetes, cafés a restaurantes finíssimos. Entre elas Padre Marcus entra na cafetaria e senta-se a mesa. Em seguida uma mulher se aproxima e lhe pergunta: - Pois não senhor o que deseja?

- Senhorita, gostaria de um expresso forte e sem açúcar e umas torradas também, se possível - responde sorrindo amigavelmente.

- Sim senhor, algo mais?

- Não, obrigado.

Um tempo depois a atendente retorna deixando a mesa o pedido do cliente ele agradece e em seguida come.  Ao terminar pede a conta, paga e sai do café.

Retorna ao saguão no segundo andar e se dirige ao portão dois do voo para Durban. Enquanto uma multidão se movimentava freneticamente Padre Marcus resolveu esperar sentado até que chegasse a hora de embarcar. No mesmo assento que ele havia também dois rapazes a sua direita, um meio inquieto que balançava a perna repedidas vezes e o outro distraído com o som que saia do fone em seus ouvidos.

Os três sequer se conheciam, mal sabiam também que seu destino seria compartilhar de um mesmo vôo que seria onde começaria uma série de acontecimentos já previstos em uma determinada profecia...

Fim do 1° Capítulo